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Rafael Fonteles inaugura Porto Piauí e diz que a obra irá mais que dobrar o PIB de Luís Correia

Depois de anos de espera, a quarta-feira, dia 13 de dezembro de 2023 entra para a história do Estado, como o dia em que o Piauí passou a contar com um porto marítimo. Com a chegada do navio Iguatemi, da Marinha do Brasil, no mar de Luís Correia, o Porto Piauí foi inaugurado oficialmente pelo governador Rafael Fonteles. Cerca de 12 mil pessoas prestigiaram a cerimônia.

O governador Rafael Fonteles comemorou a inauguração da primeira etapa do porto. “O Piauí era o único estado com litoral que não possuía um porto e isso, sem dúvidas, atrapalhava o nosso desenvolvimento. Agora, possuímos um porto que só está na primeira etapa, teremos várias outras nos próximos meses e anos. Por ser um porto novo, já está nascendo com os terminais que apontam para o futuro, como o terminal de amônia, transformando o Piauí nesse hub mundial do hidrogênio, além do terminal de grãos e o terminal pesqueiro, que vai beneficiar primeiramente a cadeia da pesca”, disse Fonteles.

Rafael defendeu ainda que, com o nascimento do porto, a economia do estado pode mais do que dobrar. “Com a finalização do terminal pesqueiro e da indústria de pesca, iremos mais que dobrar o PIB de Luís Correia. E quando tivermos todos os terminais finalizados, não podemos nem mensurar o impacto que isso vai gerar. O Piauí vem crescendo na área da agropecuária, industrialização dos grãos, desenvolvimento de biocombustíveis, frigoríficos, e levando em consideração que seremos o maior fornecedor de energia limpa para o Brasil e para o mundo, sem sombra de dúvida, iremos mais que duplicar o PIB do Piauí”, complementou o governador.

A presidente do Porto Piauí, Maria Cristina, destaca os potenciais e os impactos imediatos da instalação do porto no litoral piauiense. Para ela, o porto irá agregar mais valor a produtos locais. “Iremos iniciar com operação de grãos e fertilizantes, uma demanda dos nossos produtores do sul do Piauí, que fazem o escoamento de toda a produção para outros portos mais distantes. Esse é o primeiro valor agregado ao porto, porque estaremos operando um produto que já é nosso. Além deste, surgem outras oportunidades, como o hidrogênio verde e o terminal pesqueiro, que será de grande valia, em especial para a comunidade pesqueira local, que agrega mais valor a esta cadeia local que já existe, mas precisa de uma maior organização para melhorar e desenvolver mais ainda”, desenvolveu.

O presidente da Investe Piauí, Victor Hugo, detalha a infraestrutura entregue nesta primeira etapa e os próximos passos para investimentos no equipamento. “Entregamos o porto com acesso para pequenas, médias e grandes embarcações. Temos também uma retroárea para as empresas que aqui irão investir e um parque de mercadoria com 18 mil metros quadrados. Teremos mais dois pátios a serem entregues a partir do primeiro semestre de 2024. Entregamos ainda as vias de acesso, urbanização da área, a guarita de acesso e o centro administrativo”, detalhou.

Nesta primeira etapa foram mais de R$ 110 milhões investidos, que consiste no Terminal Pesqueiro, estrategicamente pensado para impulsionar a cadeia de pescado do estado. Com o porto, o Piauí vai poder exportar e importar mercadorias pelo próprio território, gerando impostos e renda que beneficiarão a economia local.

Neste momento, o Porto Piauí está apto a receber embarcações com comprimento de 60m, calado de 7m, e boca 11m. A operação de navios regulares, levando e trazendo mercadorias, será possível após a instalação de terminais específicos, que serão construídos pelas empresas interessadas em operar no local.

A infraestrutura, cujas obras foram retomadas no início de 2023, após anos paralisadas, consiste em três espaços distintos: o cais, a dragagem e a urbanização do local. Haverá, em princípio, mais outros três terminais no porto, de acordo com a atual vocação econômica do Piauí: terminal de grãos, terminal de amônia e de cargos e descargas em geral.

O Governo estima que, no segundo semestre, já haverá mercadorias sendo transportadas pelo porto, assim que o primeiro terminal ficar pronto. Segundo a Investe Piauí, já manifestaram interesse a Lion Mining, empresa que explora minério de ferro em Piripiri, além de outra companhia em transportar litotâmnio, uma espécie de calcário marinho. Até fevereiro de 2024, o Governo do Estado vai fazer o chamamento público, por meio de editais, para que as empresas interessadas possam explorar o porto e operar os terminais.

Hoje, a ida e a vinda de produtos acontecem pelos portos de Itaqui, no Maranhão, e Pecém, no Ceará, deixando recursos nesses dois estados. Para se ter uma ideia, o Piauí perde cerca de R$ 300 milhões por ano só por exportar mercadorias pelo Porto de Itaqui, em São Luís (MA).

Com o porto, toda a produção de grãos do estado, mel, minérios e outros passará a ser exportada por Luís Correia.

Com informações e fotos: CCOM/PI

Edição: Portal Sem Fronteiras

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