O Ministério Público do Estado do Piauí, por meio do Promotor Marcelo Monteiro, apresentou uma denúncia contra sete indivíduos acusados de integrar uma organização criminosa responsável por fraudes bilionárias no Departamento Estadual de Trânsito do Piauí (Detran-PI). Entre os denunciados estão Wallace Fernandes, Bruno Manoel, Pedro Gabriel, Gabriel Seabra, Carlos André, Thalysson Santiago e Hélcio Martins.
As acusações incluem crimes como estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A investigação, liderada pelo Departamento de Combate à Corrupção da Polícia Civil, resultou na Operação “Turismo Criminoso”, que aprofundou os trabalhos iniciados na Operação “Hidra de Lerna”, focando em fraudes ocorridas desde 2019. O esquema envolvia o emplacamento de veículos fictícios, transferências ilegais de propriedade e financiamentos fraudulentos.
O grupo atuava em diversas frentes, utilizando notas fiscais falsas e “laranjas” para ocultar suas atividades. Wallace Fernandes e Bruno Manoel, primos e principais responsáveis pela operação, foram acusados de corromper servidores e despachantes do Detran-PI. Os depoimentos revelaram que eles atuavam em conluio com outros membros do esquema, movimentando valores suspeitos que totalizaram cerca de R$ 2 milhões em apenas seis meses.
Além das fraudes, a investigação revelou conexões familiares entre os envolvidos. Hélcio Martins e Thalysson Santiago, por exemplo, são parentes de outros membros do grupo e também foram acusados de movimentar grandes quantias de dinheiro de forma incompatível com suas atividades.
A investigação identificou Pedro Gabriel como um dos responsáveis por facilitar as operações financeiras do grupo, utilizando contas de terceiros para ocultar os ganhos ilícitos. Gabriel Seabra, por sua vez, tinha acesso privilegiado ao Detran devido ao seu parentesco com um funcionário do órgão. Durante a operação, um dos alvos, Bruno Arcanjo, foi vinculado à morte do policial Marcelo Soares.
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