A Operação Piracema, iniciada na segunda-feira (2), já resultou na apreensão de aproximadamente 2 mil metros de redes de pesca ilegais no estado do Piauí. Esta ação conjunta entre a Polícia Ambiental e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) tem como objetivo combater a pesca predatória durante o período de piracema, quando os peixes se reproduzem, garantindo a preservação das espécies e a sustentabilidade da atividade pesqueira.
A piracema é um período crucial para a reprodução dos peixes, essencial para a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas aquáticos. Durante esse período, que vai de 16 de novembro de 2024 a 16 de março de 2025, a pesca é estritamente proibida para assegurar a renovação das populações de peixes.
Fiscalização e Conscientização no Rio Parnaíba
A primeira fase da operação, que se estende até o próximo sábado (7), concentra-se na fiscalização do Rio Parnaíba e seus afluentes na região Norte do estado. Durante a ação, os agentes estão identificando práticas ilegais de pesca e responsabilizando os infratores com multas e até mesmo prisão por crime ambiental.
O secretário da Semarh, Daniel Oliveira, destacou a importância do período de defeso para a preservação dos ecossistemas aquáticos. "Este é um momento crucial para a reprodução dos peixes, quando eles nadam rio acima para se reproduzirem. Por isso, a pesca com redes está proibida", afirmou o secretário.
Regras e Restrições para a Pesca durante a Piracema
De acordo com a Semarh, durante o período de defeso, a pesca é proibida a uma distância de 1.500 metros antes e depois de barragens, cachoeiras e corredeiras do Rio Parnaíba. Além disso, campeonatos de pesca e eventos similares estão suspensos.
A pesca só é permitida para pescadores registrados e deve obedecer a várias restrições, entre elas:
- Equipamentos Permitidos: Linha de mão, vara, anzol, caniço com molinete e caniço simples.
- Uso de Tarrafa: Permitido apenas para pescadores profissionais, com malha entre 20 e 30 mm e altura máxima de 2 metros.
- Limite de Captura: 5 kg de peixe por dia, mais um exemplar adicional para pescadores registrados.
- Transporte e Comercialização: Requer comprovante de procedência e registro no Ibama, com a devida declaração de estoques de peixes naturais.
O diretor de Fiscalização da Semarh, Major Dênio Marinho, informou que, além das fiscalizações, uma campanha de conscientização foi realizada, com visitas às associações de pescadores para esclarecer as regras do período de defeso.
A operação segue até março de 2025, com o objetivo de garantir a preservação das espécies e a recuperação dos estoques pesqueiros no estado.
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