Nesta terça-feira (03), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para desarticular um esquema de fraudes envolvendo servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) nas cidades de Teresina (PI), Piripiri (PI) e Codó (MA). A investigação revelou que o prejuízo aos cofres públicos ultrapassou R$ 73 milhões, com a concessão irregular de 176 benefícios.
A operação foi realizada com o apoio da Coordenação Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP/MPS) e teve como ponto de partida uma análise de documentos apreendidos na Operação Bússola, que ocorreu em 2021. Durante a apuração, a PF identificou a atuação de uma rede criminosa composta por um ex-servidor e quatro funcionários ativos do INSS.
De acordo com as investigações, os servidores investigados utilizavam documentos falsificados para instruir pedidos de benefícios como aposentadoria por idade rural e salário-maternidade rural. Esses requerimentos eram direcionados a membros do grupo criminoso, que, em troca, concediam os benefícios de forma fraudulenta.
Com base nas evidências, a Justiça Federal da 1ª Vara da capital piauiense expediu mandados de busca e apreensão e determinou o bloqueio de contas bancárias dos investigados. Também foi ordenada a suspensão dos servidores envolvidos e a revisão imediata dos 176 benefícios fraudulentos. A medida visa assegurar que os recursos públicos sejam recuperados e corrigidos.
Os acusados podem ser responsabilizados por crimes como estelionato qualificado, organização criminosa, falsificação de documentos, corrupção ativa e passiva, entre outras infrações que possam ser identificadas ao longo da investigação.
Essa ação da Polícia Federal reforça a necessidade de vigilância contínua sobre os processos internos do INSS, visando combater fraudes que comprometem o funcionamento do sistema de seguridade social e prejudicam a população. A operação continua em andamento para desmantelar completamente a organização criminosa.
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