Os dados da 3ª etapa da pesquisa entomológica LIRAa/LIA de 2025 revelam avanços significativos no controle da dengue no Piauí. Ao todo, 189 municípios foram classificados com índice satisfatório quanto à presença larvária dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus — um salto expressivo em relação à primeira etapa da pesquisa, realizada em abril, quando apenas 116 municípios haviam atingido esse patamar.
Para que um município seja considerado com índice satisfatório, é necessário que menos de 1% dos imóveis vistoriados apresentem focos de larvas dos mosquitos. “É bom ver que o número de municípios com resultado satisfatório aumentou em relação ao início do ano, mas não podemos relaxar por causa disso. Estamos nos aproximando do período chuvoso e ainda temos mais uma etapa da pesquisa em 2025. Precisamos manter os cuidados e reforçar o enfrentamento ao mosquito e o combate aos criadouros”, alerta Ocimar Alencar, supervisor de Entomologia da Sesapi.
Apesar da melhora, 34 municípios permanecem em situação de alerta e um município foi classificado em situação de risco, o que exige atenção redobrada para evitar surtos ou epidemias de arboviroses.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) continuará o monitoramento semanal dos 224 municípios piauienses, oferecendo suporte técnico e intensificando as ações de prevenção. Entre as principais recomendações estão:
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Manter caixas d’água, baldes e tonéis sempre tampados
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Eliminar pratos de vasos de plantas ou preenchê-los com areia até a borda
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Descartar corretamente pneus, garrafas e objetos que acumulam água
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Limpar calhas e ralos com frequência
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Permitir o acesso dos agentes de saúde às residências
A 4ª etapa da pesquisa entomológica será realizada entre 10 de novembro e 20 de dezembro. “Esperamos que, mais uma vez, todos os municípios participem e que os índices continuem melhorando. Esses dados ajudam a Sesapi a compreender o verdadeiro panorama da presença larvária do mosquito no estado, permitindo que estratégias mais efetivas sejam aplicadas no combate às arboviroses”, destaca Amélia Costa, coordenadora de Epidemiologia da Sesapi.
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