A 2ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí revisou o caso de Izadora Mourão, assassinada em 13 de fevereiro de 2021, em Pedro II. A decisão veio após o acolhimento do recurso de apelação do Ministério Público do Piauí (MPPI), que resultou na anulação da absolvição de João Paulo Santos Mourão, irmão da vítima. Além disso, a pena da mãe, Maria Nerci dos Santos Mourão, foi aumentada de 19 anos e seis meses para 25 anos de reclusão.
O promotor de Justiça Márcio Carcará, coordenador do Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça com Atuação no Tribunal do Júri (Gaej/MPPI), argumentou que a decisão anterior dos jurados foi contrária às provas. “A força dos golpes causados à vítima sugere um agressor mais robusto do que uma idosa de 70 anos”, afirmou.
Carcará também ressaltou que as evidências coletadas durante a investigação indicam a participação de ambos os réus no crime. Ele observou que "as lesões foram infligidas a uma distância máxima de um braço", e as manchas de sangue nas roupas de Maria Nerci não correspondem ao que foi encontrado na cena do crime.
O promotor concluiu que João Paulo Mourão, por ter uma constituição física típica de um homem médio, é a única pessoa presente no local com a capacidade de cometer o crime. O julgamento da apelação foi presidido pelo desembargador José Vidal de Freitas Filho, com a participação dos desembargadores Joaquim Santana, da juíza convocada Valdênia Sá e do procurador de Justiça Antônio de Moura Júnior.
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